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Distensão Muscular

A distensão muscular não é privilégio dos atletas/bailarinos. Pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer lugar, durante a realização de tarefas rotineiras.

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A distensão muscular ocorre quando um músculo ou o tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço que rompe algumas ou muitas fibras musculares e os vasos sanguíneos que as irrigam, dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local. Ela pode ser de dois tipos:

1. Distensão aguda: acontece quando os tendões e os músculos são solicitados a fazer uma contração repentina, de forte intensidade. Exemplos são as contusões musculares que ocorrem durante a prática de esportes competitivos, quando levantamos objetos pesados do chão ou fazemos força brusca contra uma resistência.

2. Distensão crônica: surge em consequência de exercícios repetitivos, prolongados, que solicitam sempre os mesmos músculos. São as distensões musculares que atingem os corredores, os ciclistas e os que praticam esportes competitivos.

Fatores de risco

O risco de sofrer distensões musculares aumenta nas seguintes situações: a) falta de condicionamento físico e do emprego da técnica adequada para a realização de cada tipo de exercício; b) falta de aquecimento antes da prática dos exercícios; c) cansaço extremo e d) excesso de peso corpóreo.

Sintomas

Dor, hematoma (mancha roxa), edema (inchaço), dificuldade para movimentar o músculo lesado são os sintomas típicos das distensões musculares. Quanto mais intensos, maior a gravidade do quadro. Quando há rutura completa das fibras e o rompimento dos vasos sanguíneos, surge um grande hematoma no local que fica muito inchado.

No que se refere à dor, nas distensões agudas, ela pode vir acompanhada de pontadas e dificuldade de movimentação do músculo comprometido. Já, nas distensões crônicas, costuma ser mais fraca e manifestar-se quando os movimentos que causaram a distensão são repetidos.

Diagnóstico

Além da avaliação clínica da região afetada pela distensão muscular, radiografia, ressonância magnética e eletromiograma são exames de imagem importantes para estabelecer o diagnóstico diferencial e orientar o tratamento.

Tratamento

Normalmente, o próprio organismo se encarrega de reparar as fibras musculares que se romperam, absorver o coágulo e controlar a inflamação. Lesões mais graves exigem avaliação médica imediata para excluir a presença de fraturas e evitar sequelas que limitem os movimentos.

As seguintes medidas são essenciais para o tratamento das distensões musculares: aplicação de gelo no local da lesão, compressão da área para evitar inchaço, repouso, elevação do membro em que ocorreu o ferimento, uso de analgésicos e dos anti-inflamatórios vendidos sem necessidade de receita médica.

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Recomendações

* Aplique gelo no local da lesão imediatamente. O frio diminui a sensibilidade à dor, o inchaço, o sangramento interno e o processo inflamatório. Repita a operação a cada duas horas até desaparecerem os sintomas;

* Proteja o músculo lesado com uma faixa para comprimir a área e evitar que o inchaço e o sangramento interno aumentem;

* Evite atividades que aumentem a dor, mas não fique completamente parado. Use o bom senso: os limites para a atividade são a dor e o inchaço. Doeu ou inchou, parou;

* Mantenha o membro em que ocorreu a distensão em posição mais alta do que o coração;

* Recorra ao uso de analgésicos e dos anti-inflamatórios para aliviar a dor. No entanto, os anti-inflamatórios não devem ser empregados por mais de três ou quatro dias e sem orientação médica.

As lesões mais frequentes no Ballet

O Ballet é uma dança que exige muito do corpo nas posturas e nos movimentos. Para sua performance adequada é necessária muita flexibilidade articular, elevado grau de força muscular e refinado controle do movimento. A necessidade constante de repetição dos movimentos associada ao nível exigência do corpo das bailarinas pode torná-las vulneráveis a lesões e dores pelo corpo.

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A maior parte das lesões no Ballet ocorre nos membros inferiores (quadris, coxas, joelhos, pernas, tornozelos e pés) e na coluna, especialmente na coluna lombar.
Devemos sempre dar atenção na possibilidade do desenvolvimento de uma estratégia preventiva, onde podemos realizar a avaliação e o tratamento das disfunções articulares, a harmonização das tensões das cadeias musculares e a restauração de uma boa morfologia corporal, o treinamento da estabilização dinâmica lombar através da CUI, conscientização da unidade interna e a solicitação de um treinamento técnico específico dos passos de uma determinada coreografia.
Porém, podemos afirmar que os pés e tornozelos são estruturas que merecem toda nossa consideração, tanto no ballet clássico como no moderno. A platéia que vai aos espetáculos de dança, clássica ou moderna, anseia em ver pés se movendo com graça e amplitude, contudo desconhece as incansáveis horas diárias de atividade, que incluem duas horas de aula de dança, cinco a seis horas de ensaio e muitas vezes ainda o próprio espetáculo, eles também desconhecem alguns fatores que contribuem para o aparecimento tanto de disfunções, como por exemplo, uma dificuldade de fazer a ponta ou o movimento contrário, por um bloqueio articular, como também de lesões estruturais, tipo uma fratura de estresse ou uma lesão ligamentar no antepé.Esses fatores vão desde fatores extrínsecos, como a utilização de calçados inadequados e salas de ensaio com o chão duro e/ou escorregadio, passando pelos fatores intrínsecos, como o encurtamento dos músculos da panturrilha, do tibial posterior e do arco plantar, até os fatores técnicos, como o aprendizado de uma nova coreografia ou uma técnica inadequada.
A combinação desses fatores vai proporcionar, em relação aos pés e tornozelos um sem número de lesões, como tendinites e tendinoses do tendão do tríceps sural, mais conhecido como Aquiles e do tibial posterior; a fascite plantar; a síndrome do túnel do tarso, que é uma compressão de nervo periférico cuja sintomatologia pode se confundir com a das três alterações anteriores; as fraturas por estresse de tíbia e metatarsos; o hálux valgus, também conhecido como joanete; e as lesões ligamentares, relacionadas com as entorses do tornozelo e do pé.
As lesões agudas ligamentares devem ser inicialmente tratadas com o protocolo RICE, já descrito na coluna de Medicina Desportiva pelo Dr. Ney Pessegueiro do Amaral, e que quer dizer, Rest – Repouso; Ice – Gelo; Compression – Compressão; e Elevation – Elevação; Porém os bailarinos profissionais, da mesma forma que os atletas de elite, não podem ficar muito tempo fora de “combate”. Uma forma de acelerar seu retorno aos palcos é a utilização das bandagens funcionais. Bandagem funcional não é imobilização, a imobilização clássica não pode ser utilizada por um bailarino, primeiro pelo fator funcional, com imobilização não há movimento, sem movimento a performance fica prejudicada e segundo o fator estético, a imobilização dificilmente seria aceita por um figurinista. O papel da bandagem funcional é de permitir o máximo de movimento possível, limitando apenas o movimento da articulação lesada, acelerando o retorno à função, com o máximo suporte e o mínimo possível de material (a estética não pode ser esquecida).
Imagine uma entorse com inversão do pé, aquela mais comum onde se vira o pé para dentro, dependendo da gravidade (graus I, II ou III) atuaremos de forma diferente, na entorse grau III normalmente há indicação cirúrgica, nas de grau I e II iniciamos o sistema RICE o mais rápido possível, por 24/48 hs e para acelerar o retorno do bailarino às atividades utilizamos uma bandagem funcional para limitar apenas o movimento de abertura talofibular, protegendo os ligamentos laterais do tornozelo, sem bloquear os outros movimentos do pé, possibilitando a manutenção do bailarino em sua atividade, sem o perigo de agravamento da lesão enquanto paralelamente continuamos o tratamento fisioterápico com os objetivos de manutenção da mobilidade articular, a reequilibração das tensões musculares e o treinamento de proteção articular.

CUIDE-SE SEMPRE!

En pointe!

Estava no youtube vendo algumas coisas de sapatilha de ponta, e achei esse documentário sobre como as bailarinas preparam a sua ponta. Vale a pena conhecer:

A vida de uma bailarina é gasto com as pontas dos dedos.
Neste meditativo mini-documento, três dançarinas da Australian Ballet vão nos levar através de suas preparações, sapatilhas e rotinas pessoais.

Produzido por The Apiary para Australian Ballet

VOCÊ NO RP!

A bailarina de hoje foi a Rosangela Lima. 🙂

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Obrigada por mandar suas fotos, lindas! 🙂

En puntas

Vídeo mostra bailarina dançando em pontas de faca sobre um piano de cauda. “En Puntas”, foi produzido pelo artista basco Javier Perez para captar de maneira chocante o lado escuro do Ballet.
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A bailarina Amelie Segarra dança sobre um piano de cauda se equilibrando em duas sapatilhas com pontas de faca de cozinha, e expõe um lado da dança que a maioria do público não vê: o da dolorosa dedicação, exaustão e frustração presentes na vida dos bailarinos. en-puntas-ballerina-performs-with-knife-shoes-javier-perez-7

Confira:

Javier Pérez – EN PUNTAS (extracts) from Javier Pérez on Vimeo.

Cuidados com os pés

Seus pés te aguentam o dia todo, pulando, saltando, girando ou somente andando.
Eles merecem um cuidado especial!

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Sempre que eu forço demais meus pés em alguma aula de ponta, chego em casa e preparo uma salmoura.
Nada complicado, apenas uma bacia de água morna com sal grosso ou sal normal mesmo.
Deixo os pés ali relaxando por uns 5 minutos e massageio para estimular a circulação.
Depois que tiro da água, seco bem e alongo eles um pouco.

Sobre hidratante: passo no máximo uma vez por semana, para pele não ficar fina demais. Se a pele ficar fina/sensível demais, podem surgir mais machucados feitos pela ponta e pode chegar a ficar em carne viva (e não queremos isso, né?).

Unhas:  ir regularmente ao podólogo.
Confesso que sempre achei besteira. Quando encravava minha unha (SEMPRE, pq eu cortava toda errada minha unha), eu cutucava até achar a pele/unha que estava fazendo o estrago. Até que dessa última vez, fiquei umas 4 semanas sem poder usar a ponta, me rendi e fui ao podólogo. Fiquei mais duas semanas sem ponta para a unha poder crescer certo. 6 SEMANAS SEM USAR A PONTA, CASTIGO DEMAIS, nunca mais corto as unhas tortas e visito sempre a minha podóloga. 🙂

Se a sua unha encravar, não repita meu erro descrito acima.
Compre a pomada nebacetin, coloque onde encravou junto com um pedaço de algodão, um esparadrapo para segurar e vá para a podóloga.
Se você não tiver a pomada em casa, faça uma salmoura com água quente e sal (vai arder um pouquinho, mas vai aliviar sua dor) e vá para a podóloga.

O corte ideal das unhas é o mais curto possível (perto da carne) no centro e reto nas bordas, mas lembrando de não deixar pontas que possam “entrar” na pele e encravar.

Esmalte: eu já desisti de pintar as unhas dos pés com esmalte escuro/colorido.
É fazer a unha num dia e o esmalte sair no outro depois da aula. Passo só uma base ou um esmalte clarinho.

Calos: são só uma secreção da pele composta da proteína queratina. Eles são formados pela pressão da pele. Em alguns casos eles ficam inchados, avermelhados e doloridos, as ponteiras ajudam bastante a suportar o incômodo. O aconselhado é não tentar removê-los com soluções vendidas em farmácia, e sim, procurar um especialista. Podólogos geralmente conseguem tratar dos calos. Porém, fazem parte da nossa vida, tente se acostumar.

Bolhas: ocorrem quando os sapatos e meias esfregam com força a pele, especialmente se o excesso de calor é gerado, como por exemplo, a ponta. Para evitar bolhas, eu costumo colocar um pedaço de esparadrapo no local que eu sei que “esfrega” demais na ponta: no osso do joanete, calcanhar e perto do dedinho. Uma dica: Não coloquem esparadrapo no calcanhar, da última vez que fiz isso, grudou taaaanto na pele que machucou quando eu tirei. Agora só coloco band-aid. E se mesmo assim surgir uma bolha, faça um curativo simples. Se ela estourar sozinha, use uma pomada antibacteriana. NUNCA tente estourar sua bolha, ela pode infeccionar e ficar mais grave ao ponto de te levar ao médico.

Mais alguma dúvida?
Deixem por comentários. 🙂

Ponteiras de Ballet

Vamos conhecer os tipos de ponteiras:
De silicone/gel e de pano (espuma, helanca).

PANO/ESPUMA:

  • São indicadas para iniciantes.
  • Não tem um custo muito alto.
  • Não precisa de cuidados “especiais”.
  • Pode lavar.

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SILICONE/GEL:

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  • São indicadas para intermediárias/Avançadas.
  • O preço é mais alto.
  • Precisam ficar guardadas em um potinho com talco. (Sem talco, podem grudar no pé e na sapatilha e a ponteira pode estragar mais cedo do que você imagina.)

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  • Não precisa lavar, o talco já mantém ela limpa.

Eu não consigo usar a ponteira de pano, mas vai de cada um. Teste as duas e veja qual se adapta melhor para você! 🙂

Já vi pessoas falando que não usam ponteira e colocam algodão e pomada anestésica no pé, como Xilocaína. NÃO FAÇAM ISSO! O algodão é como “nada” no seu pé anestesiado, então na hora da aula você não vai sentir dor e vai achar que não machucou nada, mas depois vai ver que machucou seu pé sim.

Alongamento

Antes de começar os exercícios:
1-
Você precisa arrumar um local para começar o seu alongamento, tire qualquer material que possa obstruir o exercício.
2- Use roupas confortáveis (roupas de ginástica, collants, malhas apropriados para ballet ou qualquer exercício físico).
3- Prenda o cabelo para trás em um rabo de cavalo ou um coque para que ele não atrapalhe.

  • Um bom alongamento leva em média de 15 a 30 minutos;
  • Não tenha pressa em se alongar;
  • O alongamento deve ser um ato prazeroso e relaxante;
  • Demore no mínimo 8 segundos em cada exercício;
  • Respire profundamente durante a prática dos exercícios;
  • É normal sentir dor um dia após o alongamento, principalmente se for inicante, mas não se engane: se sentir sempre essa dor, você pode estar forçando demais os seus músculos;
  • Force os músculos na medida certa, sem ultrapassar o limite do seu corpo no momento; você deve saber que o ganho da flexibilidade vem com a prática regular dos exercícios e depende de cada pessoa;
  • Na prática dos exercícios, é normal sentir uma dorzinha na região correspondente; se não sentir a dorzinha, quer dizer que você está fazendo errado. (Dicas de ballet)

Exercícios:
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  • Estique as pernas à frente. Toque seus pés. Se doer, em seguida, dobre as pernas um pouco.
    Mantenha esta posição o maior tempo possível. (Isso ajuda a alongar os tendões para fazer um espacate.)

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  • Estique uma perna à frente e coloque a outra ao lado, flexionada, e tente não tirar este joelho do chão.
    Com as duas mãos segurando no arco ou na meia-ponta do pé (qual você conseguir), estique a coluna e fique por 8 segundos; depois, tente encostar a boca no joelho e fique mais 8 segundos, se conseguir.

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  • Encontre algo que sirva como uma barra de balé e uma barra para alongamento. Coloque a perna para fora na sua frente na barra. Encoste o peito reto em sua perna. Agora, coloque o seu tornozelo e joelho na barra (na forma de attitude devant). Mantenha a posição por 30 segundos. Faça um espacate lateral na barra. Agora, faça o mesmo movimento do outro lado.

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    • Se você conseguir abrir espacate, tente encostar sua cabeça no joelho. Fique uns 8 segundos e troque de perna.

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  • Deite como na foto, na posição de “peixinho” e tente abaixar seu bumbum e pés até os dois tocarem o chão.

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  • Faça os seus espacates para a direita, esquerda e centro.
    Certifique-se de que você está em perfeita concentração e que está na ponta dos pés.

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  • Fique diante de uma parede e empurre suas pernas contra ela e mantenha o joelho alongado.

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  • Estique as pernas e veja o quão longe você pode levantar sem tirar as mãos do chão. Fique uns 8 segundos assim.

Aqui tem um vídeo de uns alongamentos que você pode fazer também:

Bom alongamento para vocês! 🙂
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Cisne Negro Confecções

Apresento a vocês, a primeira parceria do blog Red Pointe, a Cisne Negro Confecções!
ImagemUma fábrica de tutus, um mais lindo que o outro!
E eles aceitam pedidos via IN BOX ou pelo telefone (21) 7194-1423
Vale a pena conferir esse trabalho lindo que eles fazem!!

Como quebrar a sapatilha de ponta

Se vocês digitarem na internet “Como quebrar a sapatilha de ponta” vão aparecer coisas assim: “quebre sua sapatilha na porta”, “coloque sua sapatilha no forno” ou “quebre sua sapatilha com a mão” e NÃO FAÇAM ISSO!

Temos que moldar a sapatilha de acordo com o nosso pé e existem alguns exercícios que vão fazer isso facilmente.

Como estes:

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Meia Ponta – Force sua meia ponta alta, ela vai amolecer mais rápido.
Elevés e Relevés –  Molda a sapatilha e facilita a passagem da meia ponta para a ponta.

Esses vídeos mostram bem como quebrar: