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Ballet Fitness

A Capricho publicou uma matéria legal sobre ballet fitness, vamos conferir? 🙂

As aulas combinam exercícios de ballet clássico e pilates. Indico a modalidade para quem quer definir o corpo, mas não curte ou não pode fazer musculação!
Testado por Fernanda Catania, editora de entretenimento.
 

Eu fiz ballet clássico quando era bem novinha e não lembrava nada além do plié, hehe! Mas não tive problemas! Você não precisa ter feito ballet para fazer a versão fitness, mas, claro, é bem mais fácil para quem faz ou fez recentemente ballet clássico. A primeira parte da aula foi mais fácil para mim, pois é focada em exercícios que usam as mesmas técnicas do pilates, atividade que eu pratico faz quase três anos (desde que descobri um problema nas costas). Estes exercícios são feitos na barra técnica e trabalham alongamento, postura, coordenação motora, respiração e memória (tem muita repetição!). Mas não pense que são fáceis! Toda força destes exercícios são feitas pelo abdômen (você não pode “soltar” a barriga em nenhum momento!) e é preciso muita concentração. Depois, esses exercícios são colocados na coreografia, que é a segunda parte da aula. É o momento mais legal, porque é quando rola o trabalho aeróbio (ou seja, onde gastamos mais calorias!) e é muito divertido! No fim, eu já estava dando uma pirueta! 🙂

Onde testou: academia Reebok do shopping Cidade Jardim, em São Paulo.
Duração da aula: 60 minutos.
Benefícios: melhora da postura, fortalecimento e definição muscular, coordenação motora, concentração e equilíbrio.
Média de queima calórica: cerca de 300 kcal por hora. Auxilia no emagrecimento, mas não é a aula mais indicada para quem está focado em emagrecer.
Indicado para… quem quer definir e tonificar o corpo, mas não curte (ou não pode fazer) musculação, e para quem precisa melhorar a postura. Se você acha as aulas de pilates paradas, vai adorar o ballet fitness!

Pilates para bailarinos

Pilates é uma técnica corporal de baixo impacto que trabalha de forma consciente a força e o alongamento sem hipertrofia.  Envolve uma série de movimentos que devem ser executados de maneira controlada buscando a precisão e a fluência do movimento. Pode ser feito no solo ou em equipamentos. No solo, a ação contra a gravidade é o maior desafio, já nos equipamentos, a ação das molas, alças e barras podem desafiar ou auxiliar na execução do movimento.

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O prática do Pilates requer atenção à respiração e ao alinhamento corporal. Desta forma, o praticante irá perceber o movimento e ter maior consciência de como deve executá-lo de maneira eficiente e segura. Embora qualquer pessoa pratique Pilates os bailarinos foram um dos primeiros à experimentarem os benefícios dessa técnica ao longo de décadas.

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Joseph Pilates desenvolveu a técnica em 1920 durante a Primeira Guerra Mundial. Ele utilizou molas de colchões, macas e cordas para construir os primeiros equipamentos. Em 1926, Joseph Pilates se mudou para Nova York com sua mulher, Clara, e abriu um estúdio perto do New York City Ballet. Nesta época, ele aprimorou o método e adaptou os movimentos para os bailarinos, afim de melhorar a performance e prevenir lesões. Desta forma, foi possível atingir os objetivos dos bailarinos suprindo suas necessidades de um corpo forte, alongado, flexível e estável.

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Joseph  Pilates enumerou alguns princípios para serem respeitados durante a prática:

1) Controle / Precisão– Pilates incentiva os movimentos exatos, precisa ter qualidade de movimento

2) Estabilização- O corpo é seguramente estabilizado antes de executar as posturas.

3) Centrando- Incentiva o foco mental que acalma a mente. Todo o movimento é iniciado a partir do tronco, e irradia para as pernas.

4) Respiração- Todos os movimentos estão integrados com a respiração diafragmática profunda

5) Alinhamento- O corpo está alinhado com a cabeça, pescoço e coluna vertebral até os dedos dos pés.

6) Fluidez- Todos os exercícios são realizados em um estilo fluido e contínuo, ao invés de focar na repetição.

7) Integração- Todos os grupos musculares são integrados ao trabalho, apoiados pelo núcleo.

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Benefícios para Bailarinos

Pilates é particularmente benéfico para os bailarinos pois, trabalha o fortalecimento da musculatura estabilizadorado centro através da respiração tridimensional e a consciência de cada seguimento da coluna durante os movimentos. Desta maneira, o alinhamento corporal será mantido facilitando a mobilidade das articulações.

A consciência sobre a importância do trabalho da musculatura estabilizadoras diminui a tensão na região  lombar elesões nesta área serão evitadas.

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A natureza fluida da prática do Pilates promove a economia de energia, garantindo que a musculatura correta trabalhe de forma eficiente. A incorporação deste tipo de treinamento aliado a prática diária da Dança apresenta uma ótima combinação para o treinamento dos bailarinos, como uma série de exercícios inteligentes trabalhando corpo e mente. O trabalho pode ser feito  através da resistência suave das molas nos  equipamentos ou o trabalho contra agravidade no solo.

O método Pilates trabalha o fortalecimento de todos os grupos musculares de forma global, em conjunto com a respiração, enfatiza a estabilização da região lombo pélvica.

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A falta de controle do padrão respiratório durante o movimento causa instabilidade tencionando a região lombar como conseqüência acarretando dores lombares. Desta forma, é  importante que os bailarinos trabalhem o controle do centro através da respiração durante a performance, assim o impacto sofrido na região lombar é minimizado.

Bailarinos profissionais e amadores podem se beneficiar da prática do Pilates. A prática regular garante força muscular, flexibilidade, bom alinhamento, controle, precisão dos movimentos e fluência entre eles. A  diferença no rendimento e no desenvolvimento da performance  é percebida quando o bailarino adere à prática. Portanto,  a pratica do método é uma  ferramenta importante para manter o corpo flexível e tonificado.

Fonte

Fotos: Giovanna Cecchini
Local: Romanofisio – Fisioterapia, Pilates e Nutrição.

Achei uns vídeos bem legais:

Eu nunca tinha visto pilates com sapatilha de ponta, vou testar. 🙂

The Pointe!

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Qual bailarina não sonha com a ponta?
A questão é: você está pronta? Depende!

Vou citar um texto do Ponta Perfeita que explica direitinho isso.

“O professor Charles Maple, do Maple Conservatory of Dance, explica direitinho porque o trabalho de pontas não se inicia para todas as bailarinas em determinada idade. Há uma série de requisitos que devem ser avaliados antes de iniciar esse trabalho. Seja para bailarinas adultas ou adolescentes.

E para facilitar a compreensão, traduzi o vídeo e o transcrevi abaixo.

Pré-requisitos para o trabalho de pontas (por Charles Maple)

Iniciar o trabalho de pontas é um dos maiores ritos de passagem de uma aspirante a bailarina. É algo no qual várias alunas mantêm o foco e é um dos grandes grandes obstáculos no caminho de se tornar a aluna mais nova e entrar para o grupo das alunas mais velhas.

Em várias performances de ballet, as bailarinas principais geralmente dançam nas pontas. E há algo de tão gracioso que todas as alunas desejam ser como aquela linda jovem no palco.

O trabalho de pontas é muito mais árduo do que parece e pode ser também bastante perigoso para jovens alunas cujos pés ainda não são fortes o bastante e não apresentam a anatomia do tornozelo ainda apropriada, ou ainda não possuem habilidade técnica suficiente para controlar o resto do corpo enquanto estão dançando.

Na verdade, é uma combinação entre maturidade física e técnica para controlar os pés e os tornozelos o que determina se a jovem bailarina está pronta para subir nas pontas.

Mesmo garotas que estudem na mesma escola, façam as mesmas aulas e estejam na mesma idade, não é raro que algumas estejam prontas antes que outras. Esta prodigalidade possui um determinante genético. Porém, normalmente o que se considera é a capacidade da aluna em atender corretamente às correções em sala,  bem como o fato de já estar fisicamente forte. Considerando todos estes pontos, é que o professor avaliar se a aluna está apta ou não para manter a concentração mesmo utilizando os sapatos de ponta.

Aos 12 anos, dependendo da maturidade da menina, as porções cartilaginosas dos ossos dos pés, que são ainda macias durante a infância, tornam-se mais rígidas e as chances de  lesões diminuem bastante. Entretanto, isso não significa que toda aluna está pronta para subir nas pontas aos 12 anos de idade. Vamos obserar alguns pré-requisitos que determinar a maturidade para o trabalho de pontas.

Permuta dos dedos dos pés

Tentar levanter os dedos dos pés separadamente é um excelente método para avaliar o controle consciente da pequena bailarina sobre os músculos dos seus dedos.

Arquear a planta do pé

Na planta dos pés, há pequenos músculos cujo controle é essencial para subir corretamente na meia-ponta e em seguida nas pontas.

Extensão do Tornozelo

Uma extensão de tornozelo adequada é essencial para que a bailarina seja capaz de subir nas pontas. A extensão ideal do tornozelo para o trabalho de pontas é de 0 a +5 graus.

Extensão do dedão

A facilidade em empurrar o dedão do pé aplicando uma pressão sobre ele e não encontrar restrições durante o movimento é essencial para o trabalho de pontas.

Outras considerações

Os principais aspectos que devem ser levados em conta para avaliar a capacidade das alunas para o trabalho de ponta são: manter o controle do corpo, da postura, o controle funcional, o controle dos pés, a idade, o estágio de desenvolvimento, a mobilidade, a altura, o peso e, obviamente, a maturidade da pequena bailarina.”

Lembrando que o importante é ir com calma!
Não façam igual a mim, não me preparei bastante para subir na ponta e tive lesões nos meus pés, tive que fazer fisioterapia. Hoje em dia, faço aulas de pilates para ajudar no fortalecimento dos meus pés.